-
Professoras Carmen Rial e Miriam Grossi participam da Aula Inaugural do PPGANT na UFPI
Publicado em 09/03/2023 às 19:15“Cruzamentos entre Antropologia, Ciência e Gênero” será o tema da aula inaugural do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal do Piauí, com as professoras Carmen Silvia Rial e Miriam Pillar Grossi.
O evento acontecerá no dia 16 de março, às 9hr.
-
O sabor amargo do vinho
Publicado em 28/02/2023 às 22:24Carla Pires Vieira da Rocha, pesquisadora do NAVI, publicou texto no portal de notícias NSC em que refletiu sobre a operação deflagrada pela Polícia Federal que resgatou pessoas em situação análoga à escravidão na serra gaúcha.
“Divergindo da glamourização crescente em torno do vinho no país, a operação revela um lado sombrio. Neste setor, que há anos vem tentando se afirmar tanto no âmbito nacional quanto internacional, a busca de qualidade e excelência na produção de vinhos envolve a exaltação do trabalho de produtores, enólogos e de uma série de tecnologias progressivamente aprimoradas. Entretanto, a operação mostrou que parte da mão de obra envolvida na produção e vinhos não apenas é invisibilizada, mas está sujeita a ser gerida por meio e exploração e de anomalias o campo trabalhista.” Escreveu a pesquisadora.
Os trabalhadores foram contratados para trabalhar na colheita das uvas que abasteceriam vinícolas da região de Bento Gonçalves.
Carla é pós-doutoranda do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas e tem se dedicado à pesquisa sobre vitivinicultura em sua interface com sustentabilidade/práticas sustentáveis, globalização e consumo.
Leia o texto na íntegra: O sabor amargo do vinho – NSC Total
-
Novo prazo para Submissão de artigos: “Utopias da Reciclagem e Circularidade”
Publicado em 16/08/2022 às 12:34Antropologia inova seus estudos teóricos e empíricos e denuncia a urgência de uma ordem ecológica. Nessa chamada para artigos, convidamos a pesquisadoras/es que queiram apresentar seus resultados e reflexões sobre experiências de outro mundo possível, já que compartilhamos da narrativa que não há um “Planeta B” e a Pachamama/Mãe terra/Gaia/Planeta Terra é nossa casa.
Pesquisas contemporâneas sobre “sociedade de risco” (Beck, 1992), “metamorfose” do planeta (Beck, 2016), poluição e degradação, o “mito da sustentabilidade” (Krenak, 2022), antropoceno, economia circular e biocircular, sociedade circular, “capitaloceno” (Moore, 2015), “sustainable violence” (Dunlap, 2017), “Fossil Fuel + ou 2.0” (Dunlap, 2021) e políticas de valorização e reciclagem de materiais (Rial, 2016; Rial, Eckert, 2020) – tanto biológicos como tecnológicos e industriais – alertam para a destruição originada por políticas econômicas e ações que minam e colapsam o equilíbrio ecossistêmico. Nesse dossiê, serão bem-vindas contribuições a esse campo conceitual, mas gostaríamos de estudar o que vem sendo encontrado e construído na outra face do caos, queremos reunir investigações que tragam etnografias e outros tipos de estudo sobre as práticas e métodos comuns de habitantes humanos em diferentes contextos (sejam essas paisagens erodidas, pequenos e grandes bairros, residências, casas comunais, vilas e grandes megalópoles). Como esses humanos lidam com essas realidades em “metamorfose” (Beck, 2016)? Resíduos podem ser são tratados como categorias polissêmica e provocativa, pois têm o potencial de revelar as estruturas sociais que produzem desigualdades dentro dos diferentes grupos sociais e também apontar novos usos e criações.
Essa publicação pretende reunir trabalhos que concentram seus esforços em mostrar etnograficamente o “estado da arte” sobre resíduos quando não são “desperdiçados”, aniquilados e/ou incinerados, mas reingressam e circulam nos ciclos de uso, reuso, reparo, reciclagem, compostagem/apodrecimento e recuperação de materiais. Como essas pessoas criam formas de transformar (e se transformar) e metamorfoseiam como agentes nas circularidades naturais ou técnicas envolvidas em novos ciclos de transformação? Quais são as perdas e os ganhos nesses processos? O que está acontecendo nas cidades, ruas, depósitos de lixo, empresas pequenas e grandes de design, indústrias, no cotidiano de alguns humanos e seus parceiros multiespécies, tais como, por exemplo, as minhocas e os fungos? Como os diferentes atores estão lidando com a reciclagem? Existe uma utopia em imaginar, criar e colocar em prática o que pode vir ser o nosso futuro? Vamos pensar nessas utopias de reciclagem e circularidade.
O dossiê aceita contribuições que tragam registro de ações e ideias “para adiar o fim do mundo”, como propõe o filósofo Ailton Krenak (2020). O que está acontecendo nas áreas urbanas, em especial, e nas demais paragens, em geral, em termos de mudança e movimento em direção a algum (ou alguns) futuro(s) possível(veis)? Que venham artigos com foco na antropologia dos resíduos, a chamada garbologia (Rathie, 1992), especificamente em conexão com a “economia circular” e os futuros possíveis. Pretendemos publicar estudos contemporâneos que acompanhem a circularidade de materiais e elementos químicos respondendo ao estado de emergência ambiental, mas sonhando e aprendendo com alternativas de viver nos “escombros” (Tsing, 2019). Acolheremos etnografia de projetos de reciclagem, upcycling, e inovações no tratamento de materiais, especialmente de plásticos, equipamentos eletrônicos, alimentos/resíduos orgânicos/compostagem, entre outros. Queremos apresentar um dossiê trazendo um certo otimismo de resistência ao debate acadêmico sobre reciclagem e com foco em tornar a utopia realidade vivida.
Submissões de artigos
A chamada está aberta a contribuições de diferentes abordagens disciplinares, da sociologia, antropologia, ecologia política e geografia política, arquitetura, direito, história, economia ou ciência política. Você está interessado em enviar seu trabalho para esta edição especial? Recomendamos que acesse a página da Vibrant e leia as Diretrizes do Autor.
Prazo para submissão de trabalhos: até 30 de novembro de 2022
Editores de organização
Barbara Arisi – Vrije Universiteit Amsterdam – VU
Cristhian Caje – Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC -
Ethnographies of ‘On Demand’ Films: livro organizado por Alex Vailati e Gabriela Zamorano ganha resenha na Visual Anthropology
Publicado em 24/06/2022 às 18:13O livro Ethnographies of ‘On Demand’ Films, organizado pelos antropólogos visuais Alex Vailati e Gabriela Zamorano, lançado em março deste ano, ganhou a primeira resenha pela Visual Anthropology no último dia 22. O texto foi escrito por Addamms Songe Mututa da Universidade de Joanesburgo pode ser encontrado neste link.
Ethnographies of ‘On Demand’ Films congrega contribuições textuais que exploram as relações entrelaçadas entre infraestrutura, tecnologia e modernidade por meio de um campo comum, mas pouco estudado, de produção audiovisual “sob demanda”, que envolve processos de negociação e interação entre clientes e videomakers comissionados. Os filmes sob demanda são considerados como um espaço de colaboração e autorrepresentação, que permite refletir sobre o potencial da ficção, do artifício e da montagem para concretizar desejos materiais, aspirações e ideias de futuro.
O livro é constituído por doze capítulos, divididos em três partes: On-Demand Ethnographers, Producers and Produced e Forms and Circulations.
Carmen Rial assina o texto intitulado “The Circulation of Low-Budget Videos in the Football System“.
Mais informações em:
https://link.springer.com/book/10.1007/978-3-030-78911-4#about-book-content
-
Monique Malcher participa de evento literário na UFSC
Publicado em 21/06/2022 às 17:16A escritora ganhadora do Jabuti 2021 na categoria contos, Monique Malcher, participará do evento literário “Jabutis da UFSC” ao lado de Daniel Martineschen – professor do Departamento de Letras e Literatura Estrangeira e ganhador na categoria tradução.
A conversa entre os autores acontecerá dia 27/06, às 18:30 no Auditório Henrique Fontes. A mediação será realizada pelas professoras Telma Scherer (DLLE) e Eleonora Barreto (DLLE).
Monique é autora do livro Flor de Gume, pesquisadora do NAVI e doutoranda do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas.
Após a mesa, haverá sessão de autógrafos com os autores. Os livros poderão ser adquiridos no local, em banca montada pela livraria Livros & Livros.
-
Pesquisadora do NAVI publica na Edição Nº1 da Rozzeira
Publicado em 21/06/2022 às 16:23A primeira edição da Revista Rozzeira, em breve nas bancas, traz o texto “Me segue lá no Insta”, da antropóloga Caroline de Almeida. O conteúdo é parte da tese de doutorado da pesquisadora do NAVI realizada com futebolistas mulheres, em que são observadas a relação dessas profissionais com as mídias sociais. Disso emergem questões múltiplas ligadas não somente a carreira, mas também a afetos.
Idealizada pela jornalista Jay Oliveira ainda na faculdade, a revista inova ao ser o primeiro veículo impresso focado na relação de mulheres com o futebol no país. As publicações serão trimestrais e abordaram conteúdos relacionados à modalidade Futebol Feminino e às mulheres do futebol:
“Com a visão de valorizar a forma que a mulher joga, torce e cobre futebol, a ROZZEIRA é um ambiente convidativo para que se sintam à vontade para interagir com o nosso conteúdo e que aconteça uma identificação com o que é publicado” (ROZZEIRA, 2022).
Formiga é a capa e estampa um editorial de moda no primeiro número. A atleta também participou de uma entrevista exclusiva. A revista ainda aborda casos de futebolistas mulheres que atuam na Ucrânia.
As edições da revista podem ser adquiridas também através da página rozzeira.com
-
Bruno Pereira e Dom Phillips: Barbara Arisi comenta crime no Vale do Javari
Publicado em 21/06/2022 às 12:11A antropóloga Barbara Arisi, pesquisadora do NAVI e professora da Vrije Universiteit Amsterdam, participou da cobertura do crime que vitimou o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips em telejornais no canal Globonews.
Para o Globonews Edição das 18 hrs e Globonews Em Ponto, Barbara destacou a importância da rede de comunicações estabelecida via rádio entre as comunidades indígenas e cidades para a segurança desses povos e acesso aos aparatos estatais. Também comentou a relação positiva que a expansão universitária para o interior do estado do Amazonas e as organizações não-governamentais – na ausência por desmantelamento de órgãos como FUNAI e ICMBio – têm mantido com essas comunidades através de pesquisas.
A antropóloga pesquisa a região do Vale do Javari desde 2003 e também é colaboradora do portal Amazônia Real.
Assista na íntegra:
-
I Colóquio Internacional Utopias da Reciclagem
Publicado em 25/05/2022 às 11:23O I Colóquio Internacional Utopias da Reciclagem acontecerá, em formato virtual, entre os dias 30/06 E 01/07 de 2022. O evento foi idealizado pela Rede de Pesquisa em Antropologias do Lixo e Economia Circula.
Mais informações em PROJETO ANTROPOLOGIAS DO LIXO
PROGRAMAÇÃO
30/06 e 01/07 via Canal do NAVI (YouTube)
June 30th: Innovative experiences between Brazil and the Netherlands.
9 am BR / 2 pm NL: Opening
Presentation of the network “Anthropology of waste and circular economy”
Carmen Rial. Federal University of Santa Catarina (Network coordinator)
9:20 am BR / 2:20 pm NL: Lecture
Repair cafes in the Netherlands.
Freek Colombijn. Vrije Universitiet Amsterdam (Network coordinator)
Precious Egboko. Vrije Universitiet Amsterdam
10 am BR / 3 pm NL: Round table Brazilian researchers in the Netherlands.
Ethnographic experiences in the Netherlands: knowledge and practices on solid waste.
Cornelia Eckert. Federal University of Rio Grande do Sul.
Carmen Rial. Federal University of Santa Catarina.
Flows of people and disposal: a moving scenario
Carla Rocha. Federal University of Santa Catarina.
Moderator: Barbara Arisi. Vrije Universitiet Amsterdam.
11 am BR / 4 pm NL: Round table Dutch Waste.
“To the rescue! An Ethnographic Study of Food waste reduction practices in Amsterdam”.
Lena Muldoon. Vrije Universitiet Amsterdam.
Amsterdammers go native: urban agriculture
Barbara Arisi. Vrije Universitiet Amsterdam.
Moderator: Freek Colombijn. Vrije Universitiet Amsterdam.
11:40 am BR / 4: 40 pm NL: Open conversation
The Dutch experience in urban water waste management.
Cristhian Caje. Vrije Universitiet Amsterdam & Federal University of Santa Catarina.
Sander Lubberhuizen. Circulogic – RioNed Fundation.
July 1st: Cross-Border Research.
10 am BR / 3 pm NL: Round table Waste management in Argentina, Uruguay, and Antarctica.
La recolección informal en Buenos Aires. Más acá y más allá de la(s) crisis.
Mariano Perelman. Universidad de Buenos Aires y CONICET.
Cómo se recicla el plástico en Uruguay.
Sonia Gau. FHCE Udelar Uruguay
“Provincializando o Antropoceno: por uma ‘etnogeoarqueologia’ da colonização antártica”
Luís Guilherme de Assis. Federal University of Santa Catarina.
Moderator: Natalia Pérez Torres. Federal University of Santa Catarina.
11 am BR/ 4 pm NL: Open conversation
“A revolução dos baldinhos”. Teaching circular economy and multiplying composting workshops in Florianópolis and Manaus.
Caroline Almeida. Federal University of Pernambuco.
Drika Eidt. Federal University of Pernambuco.
Marcia Calderipe. Federal University of Amazonas.
Camila Iribarrem. Federal University of Amazonas.
12 am BR/ 5 pm NL: closing
Audiovisual research on waste.
Carmen Rial. Federal University of Santa Catarina
Cristhian Caje. Vrije Universitiet Amsterdam – Federal University of Santa Catarina
Videos presentation
Gabriel Sabanai and Priscilla Gusmao.
Laboratory of Audiovisual Anthropology and Image Studies NAVI.
-
Exposição organizada por Andrea Eichenberger e Marc Wiltz será lançada em Boulogne-Billancourt
Publicado em 12/05/2022 às 14:26A exposição Voyages (extra)ordinaires – Résidence artistique en milieu scolaire da fotógrafa Andrea Eichenberger e do escritor Marc Wiltz, com o apoio da Maison Chateaubriand e do Musée Départemental Albert-Kahn estará aberta a visitações entre os dias 14/05 e 26/06. Trata-se da restituição a uma oficina realizada com alunes de Chatenay-Malabry e Boulogne-Billancourt. A atividade reuniu trabalhos de escrita e fotográficos, em que as pessoas participantes foram estimuladas a formar sua própria jornada misturando imagens de outros lugares e testemunhos em seu ambiente diário.
Andrea Eichenberg é artista visual e antropóloga. Atua em projetos artísticos e de pesquisa vinculados aos grupos: Núcleo de Antropologia Audiovisual e Estudos da Imagem (NAVI)/ UFSC e Poéticas do Urbano CEART/UDESC.
Agenda 14/05 – Musée Départemental Albert-Kahn:
19:00 – Auditório
Mesa Redonda: Invitation au voyage, comment aborder le voyage et ses images a l’école.
20:30 – Salle des Plaques
Abertura da exposição a visitantes
Endereço: 2 Rue du Port, 92100 Boulogne-Billancourt, França
-
Carmen Rial publica artigo na Human Remains and Violence
Publicado em 12/05/2022 às 10:33O artigo intitulado ‘I can’t return to the village without my baby’ – ‘Evil deaths’ and the difficulty of mourning in Brazil in the time of COVID-19, foi publicado na edição deste semestre da revista Human Remains and Violence, lançada em maio de 2022.
O texto, de autoria de Carmen Rial, aborda os diferentes olhares sobre mortes e lutos no Brasil durante a pandemia de Covid-19.
O arquivo pode ser baixado gratuitamente através deste link:
https://www.manchesteropenhive.com/view/journals/hrv/8/1/article-p23.xml
Leia o resumo traduzido:
Com base na classificação antropológica da morte em ‘mortes boas’, ‘mortes bonitas’ e ‘mortes más’, e utilizando a metodologia da etnografia em tela, este artigo enfoca o luto no Brasil durante a pandemia de COVID-19, especialmente os extremos casos de óbitos em Manaus e entre o povo Yanomami. O artigo ‘segue o vírus’, desde seu primeiro papel em uma morte no país, o de uma empregada doméstica, até cemitérios coletivos cavados às pressas. Considero como o tratamento dos corpos no contexto epidemiológico lança luz sobre os significados da separação pela morte quando os rituais de luto não são realizados de acordo com os imperativos culturais predominantes. Paralelos são traçados com outros momentos de morte súbita e ausência de corpos, como durante as ditaduras sul-americanas, quando muitas vítimas foram declaradas “desaparecidas”. Para finalizar, o artigo enfoca novos rituais funerários, como os funerais Zoom e os grupos de apoio online, criados para superar a impossibilidade do luto praticado no mundo pré-pandemia.